terça-feira, 7 de junho de 2016

Nazismo - Holocausto

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NAZISMO
Entre 1918 e 1938, o mundo viveu um período chamado “entreguerras”: vinte anos que separaram as duas grandes guerras mundiais. Com o fim daPrimeira Guerra, em 1918, a Alemanha, derrotada, encontrava-se em uma profunda crise. Para sair da guerra e manter o que restou de seu exército, assinou um acordo de paz chamado “Tratado de Versalhes”. Esse tratado, além de responsabilizar a Alemanha pela Primeira Guerra, proibia o país de fabricar armas, tanques e aviões; obrigava a devolução de territórios conquistados e a redução do exército alemão, além de exigir o pagamento de uma indenização aos países vitoriosos, pelos danos de guerra. Essas imposições criaram na Alemanha um clima de revanchismo, revolta, por parte da população que estava se sentindo humilhada. No final da guerra, o regime monárquico do Kaiser (imperador) caiu, dando início à “República de Weimar”.


Em 1917, a Rússia, comandada pelo socialista Lênin, derrubou o governo do Czar Nicolau II e instaurou uma nova forma de governo democrático: o comunismo. Os países que baseavam suas economias no capitalismo e na exploração do trabalhador se viram ameaçados. Uma onda de movimentos antidemocráticos surgiu no cenário mundial, com o intuito de conter o crescimento do comunismo. Na Itália predominava o fascismo; em Portugal, o salazarismo; na Espanha, o franquismo; e na Alemanha, o nazismo. A palavra nazismo vem de Nazi, que é a abreviação de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que de socialista não tinha nada. Seu líder chamava-se Adolf Hitler e o partido adotou como símbolo a “suástica”, uma cruz encontrada em diversas tribos.

Hitler nasceu em 20 de abril de 1889. Em 1923, Hitler, indignado com as péssimas condições que os alemães enfrentavam, oriundas da derrota na guerra, tentou um golpe de Estado em uma cervejaria, na Alemanha. Sem sucesso, foi preso. Na prisão, escreveu um livro que se tornaria a cartilha para o nazismo: “Mein Kampf” (Minha luta). Nesse livro, Hitler defendia a hegemonia da raça ariana, alegando que a Alemanha só se reergueria quando os povos se unissem “num só povo, num só império, num só líder”. Outras etnias, como judeus e negros, deveriam ser executadas. Hitler não gostava de judeus, pois afirmava que a Primeira Guerra só fora desastrosa por conta da traição dos judeus marxistas. Além do ódio contra outras etnias, Hitler também defendia o extermínio de testemunhas de Jeová e homossexuais. E comunistas, é claro. Para executar suas ordens, foram criadas as Seções de Assalto (S.A), as Seções de Segurança (S.S.) e a Gestapo (polícia secreta).

Os alemães viam em Hitler uma salvação para a crise que o país enfrentava. Rapidamente o partido cresceu. Agricultores, jovens, soldados, em todas as classes, tornaram-se adeptos do novo partido. Com a crescente do partido, o presidente alemão Hindenburg, amedrontado, ofereceu o cargo de chanceler a Hitler, que instaurou uma política de repreensão contra seus opositores: os líderes comunistas foram presos em campos de concentração e, posteriormente, executados. Em agosto de 1934, o presidente Hindenburg morreu e Hitler assumiu o cargo máximo, sem abrir mão do seu cargo antigo. Criou o Terceiro Reich (império) e se proclamou Führer (líder, em alemão). Sua primeira medida como ditador foi a execução de milhares de judeus, comunistas, homossexuais, negros e outros nos campos de concentração. Esse episódio ficou conhecido como “Holocausto”.

Uma figura fundamental na difusão do nazismo foi Joseph Goebbels. Hábil orador, cineasta e agitador, Goebbels foi nomeado ministro da propaganda nazista. Além de censurar os veículos de imprensa, Goebbels fazia filmes que alienavam a população, com promessas de um mundo melhor, com a supremacia ariana. Controlava o rádio, a televisão e os jornais, divulgando seus filmes e discursos panfletários em prol do nazismo.

Em 1939, teve início a Segunda Grande Guerra. Hitler, colérico, enviou toda a tropa alemã. Depois de inúmeras derrotas, o exército alemão tentou a última cartada: em junho de 1941 invadiu a União Soviética. Apesar das vitórias iniciais, Hitler não contava com o rigoroso inverno e suas tropas foram surpreendidas, ficando cercadas por tropas russas. Sem comida, sem água e enfrentando um frio congelante, o exército alemão foi derrotado. Hitler, cercado pelo exército vermelho, em seu bunker (esconderijo militar), suicidou-se com um tiro na cabeça.

HOLOCAUSTO

Nossa relação com o passado se dá de diferentes formas e a partir da interpretação das experiências vividas, o homem passa a ditar determinadas ações de sua vida cotidiana. Geralmente, as experiências ruins são respondidas com ações e ideias que evitam a repetição de um mesmo infortúnio. Um claro caso desse tipo de relação do passado pode ser notado quando fazemos menção ao Holocausto.
O Holocausto foi uma prática de perseguição política, étnica, religiosa e sexual estabelecida durante os anos de governo nazista de Adolf Hitler. Segundo a ideologia nazista, a Alemanha deveria superar todos os entraves que impediam a formação de uma nação composta por seres superiores. Segundo essa mesma idéia, o povo legitimamente alemão era descendente dos arianos, um antigo povo que – segundo os etnólogos europeus do século XIX – tinham pele branca e deram origem à civilização européia.

Dessa forma, para que a supremacia racial ariana fosse conquistada pelo povo alemão, o governo de Hitler passou a pregar o ódio contra aqueles que impediam a pureza racial dentro do território alemão. Segundo o discurso nazista, os maiores culpados por impedirem esse processo de eugenia étnica eram os ciganos e – principalmente – os judeus. Com isso, Hitler passou a perseguir e forçar o isolamento em guetos do povo judeu da Alemanha.
Dado o início da Segunda Guerra, o governo nazista criou campos de concentração onde os judeus e ciganos eram forçados a viver e trabalhar. Nos campos, os concentrados eram obrigados a trabalhar nas indústrias vitais para a sustentação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Além disso, os ocupantes dos campos viviam em condições insalubres, tinham péssima alimentação, sofriam torturas e eram utilizados como cobaias em experimentos científicos.
Cobaias humanas para experimentos científicos.

É importante lembrar que outros grupos sociais também foram perseguidos pelo regime nazista, por isso, foram levados aos campos de concentração. Os homossexuais, opositores políticos de Hitler, doentes mentais, pacifistas, eslavos e grupos religiosos, tais como as Testemunhas de Jeová, também sofreram com os horrores do Holocausto. Dessa forma, podemos evidenciar que o holocausto estendeu suas forças sobre todos aqueles grupos étnicos, sociais e religiosos que eram considerados uma ameaça ao governo de Adolf Hitler.
Crianças submetidas à desnutrição

Com o fim dos conflitos da 2ª Guerra e a derrota alemã, muitos oficiais do exército alemão decidiram assassinar os concentrados. Tal medida seria tomada com o intuito de acobertar todas as atrocidades praticadas nos vários campos de concentração espalhados pela Europa. Porém, as tropas francesas, britânicas e norte-americanas conseguiram expor a carnificina promovida pelos nazistas alemães.
Depois de renderem os exércitos alemães, seus principais líderes foram julgados por um tribunal internacional criado na cidade alemã de Nuremberg. Com o fim do julgamento, muitos deles foram condenados à morte sob a alegação de praticarem crimes de guerra. Hoje em dia, muitas obras, museus e instituições são mantidos com o objetivo de lutarem contra a propagação do nazismo ou ódio racial.
http://www.medicinaintensiva.com.br/nazi-1.jpg
Crianças eram queimadas para testar a regeneração da pele e, posteriormente,mortas

http://brasilescola.uol.com.br/historiag/holocausto.htm

O neonazismo e a intolerância na atualidade

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A ideologia neonazista pode ser considerada uma espécie de resgate do nazismo para a atualidade. No entanto, existem hoje diversas correntes ideológicas que pregam a supremacia racial e o preconceito e são defendidas também por vários grupos. De maneira específica, os principais alvos de discriminação são: comunistas, judeus, índios, negros, homossexuais e mulheres.
Apesar de defenderem amplamente a segregação e a eugenização da raça, os praticantes do neonazismo não se auto intitulam racistas. Algumas correntes defendem a criação de uma nação pura de homens brancos e sem contato com "mestiços". Outros pregam claramente o ataque e a violência às raças não toleradas. Os grupos, em sua maioria, realizam debates e reuniões para expor o ideal nazista, e, principalmente, recrutar novos jovens para compor o grupo.
Mensagem no fórum da Comunidade Stormfront de Nacionalistas Brancos
Apesar de receber o nome de neonazistas (neo: novo), esse movimento não tem nada de novo, uma vez que após a Segunda Guerra Mundial o grupo continuou atuando de maneira clandestina na Alemanha. A camada social que levantou o movimento neonazista era constituída, muitas vezes, por jovens que se encontram sem perspectivas, desempregados, que acabaram disseminando a ideia de que tais circunstâncias eram decorrentes dos imigrantes.
Existem diversos grupos de ideais racistas. O White Power é um movimento composto por jovens que têm como causa a defesa do orgulho branco. A Ku Klux Klan é a junção de inúmeros grupos racistas originários nos Estados Unidos e que pregam a supremacia da raça branca e o protestantismo. Os nazi-skinheads são uma ramificação do movimento skinhead, formado principalmente por homens de cabeça raspada que pregam o antissemitismo (preconceito contra judeus). E por fim, o Stormfront, grupo constituído por ativistas pró-brancos que possuem aversão a outras raças.
O Stormfront ou Comunidade Stormfront de Nacionalistas Brancos possui um site no qual se define como "Fórum para discussões racialistas para ativistas pró-Brancos e interessados na sobrevivência dos Brancos". Iniciado em 1990, seu dono se identifica pelo apelido de Don Black. O fórum é aberto para visualização de qualquer pessoa, mas para postar mensagens é preciso estar cadastrado no site. Além disso, há um sistema de valorização dos usuários que permite com que os membros possam ir ganhando privilégios no sistema – como criar tópicos de discussão – à medida que vão sendo reconhecidos por outros participantes.
Mini-Manual de Sobrevivência e Ação
As mensagens compartilhadas no Stormfront deixam claro que se engana quem pensa que não existem correntes do nazismo na atualidade. O site tem tópicos de discussão em várias línguas e membros no mundo todo, inclusive no Brasil. Os participantes brasileiros pregam claramente o ódio a homossexuais, negros, judeus, índios e nordestinos. Além disso, propagam o preconceito contra a miscigenação da população brasileira e pregam que os participantes devem se preocupar com seus ancestrais e sua árvore genealógica para terem certeza de que são merecedores do título de "Brancos" e também de estar participando do grupo.
Ao longo dos tópicos de discussão do Stormfront é possível encontrar muitas menções de apoio a Hitler, referindo-se a ele como "nosso líder" e inclusive postando a saudação nazista "Heil Hitler". Os participantes referem-se, ainda, a um blog chamado A White International, no qual é possível fazer o download de um e-book intitulado Mini-Manual de Sobrevivência e Ação, descrito pelos responsáveis do site como "um manual sobre táticas e segurança pessoal para Revolucionários Raciais interessados em ir à ação sem cair nas garras do Sistema anti-Branco. Um manual com regras simples de auto-preservação que teriam prevenidos praticamente todas as prisões feitas contra nós pelo regime ditatorial de Brasília".
Muitas das postagens são também contra o movimento feminista. Os participantes pregam, baseados nos preceitos supostamente propostos por Hitler na época da Segunda Guerra Mundial, de que as mulheres não devem assumir cargos de grande responsabilidade, nem lutar por direitos civis iguais aos dos homens, mas sim voltarem-se aos afazeres domésticos e à procriação.

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