sábado, 21 de novembro de 2015

AS VANTAGENS QUE A INTERNET PROPORCIONA COMPENSAM OS PROBLEMAS QUE ELA PODE PROVOCAR?

AS VANTAGENS QUE A INTERNET PROPORCIONA COMPENSAM OS PROBLEMAS QUE ELA PODE PROVOCAR?
Questão Polêmica:
As Vantagens que a Internet Proporciona Compensam os Problemas que ela pode provocar?

Informação 
Em 2008, 41,6 milhões de pessoas maiores de 16 anos declaram possuir acesso à internet em casa, no trabalho, na escola, nas lan houses, nas bibliotecas etc.
Ao mesmo tempo em que o uso da internet amplia à comunicação e dá rapidez às trocas de informação, começam a surgir problemas como a exposição exagerada na rede, a dificuldade em controlar conteúdos impróprios para crianças e jovens, como as redes de pedofilia virtual.
Argumentos
SIM
NÃO





Autoridade
Globalização democrática, facilidade de acesso à comunicação e rapidez nas informações são vantagens que compensam largamente ameaças à privacidade, comodismo e riscos de um novo tipo de “dependência” que a internet pode provocar.
Fonte: Alberto Equs, semioticista, especialista em redes sociais, em reportagem da revista Tempos Modernos.
 A internet conecta as pessoas de forma virtual, substituindo as relações pessoais presenciais. Com isso, pode isolar os indivíduos, envolvendo-os em uma interminável rede de possibilidades.
Fonte: Marina de Almeida, antropóloga do Instituto Viver em Sociedade , em entrevista à televisão.


 
Evidência
Pelas estatísticas, os alunos das escolas que utilizaram os recursos da internet nas aulas se saíram melhor em avaliações nacionais e internacionais, em comparação com as escolas que ainda não os utilizam.
Fonte: Dora Vaz, professora de tecnologia no Ensino Médio.
Especialistas em leitura têm apontado uma forte relação entre o uso crescente da internet nas escolas e a redução da leitura de livros, jornais e revistas por parte dos alunos.
Fonte: Maria de Lourdes Teixeira, bibliotecária.

 

Comparação
Da mesma forma que o carro, o avião, a geladeira, o telefone etc. Deixaram a vida mais fácil e cômoda, a internet facilita o dia a dia, liberando o homem para usar o seu tempo como quiser.
Fonte: Henrique Veloso, jornalista.
Da mesma forma que a televisão tem colaborado para difundir um padrão informativo mais superficial, o hipertexto, típico da internet, fragmenta a informação e não estimula o aprofundamento nos assuntos.
Fonte: Elisa Prado, professora de Português.


 
Exemplificação
É verdade que eu saio menos de casa, mas desde que eu passei a usar a internet conheci mais gente, em várias redes sociais. Também fiquei ligado no que rola no mundo e me divirto muito, por exemplo, baixando as músicas de que eu gosto.
Fonte Mauricio Escorel, 17 anos, estudante do Ensino Médio.
Eu e meus amigos usávamos muito a pagina da comunidade da escola, mas algumas pessoas começaram a espalhar mentiras e falar mal da gente lá. Perdi a minha melhor amiga por uma mentira que escreveram lá.
Fonte: Paula Pedrosa, 15 anos, estudante do Ensino Médio.



Princípio
Invenções com alto poder de transformação cultural, como a internet, provocam expectativas positivas e alto grau de adesão, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico e humano da sociedade.
Fonte: Jornal da Ecomonia.
Ferramentas tecnológicas, como a internet, provocam o sentimento de que aqueles que não as utilizam estão ultrapassados e são, portanto, descartáveis.
Fonte: Professor Modesto da Silva, Doutor em Psicologia Social.

 
Causa e Consequência
No mundo do trabalho, a informatização e a internet trouxeram ganhos de racionalização e de produtividade, contribuindo para o bom funcionamento e a saúde econômica da empresas.
Fonte: Jornal da Ecomonia.
Com a internet em casa, o trabalho invadiu a vida dos indivíduos; a qualquer momento, pode chegar uma mensagem da empresa ou do chefe. Isso acarreta sobrecarga, stress, comprometendo a qualidade de vida.
Fonte: Revista Sociologia do Trabalho.

Olá, pessoal do 8º ano A.

O assunto de vocês é bem fácil, todos comentam muito. Leia bastante sobre o assunto e já traga na aula um rascunho pronto do texto que defende a tua tese.
Certo?

Segundo o pesquisador da pedagogia do futuro, Angel Peres Gomes  (...)"Mas não é uma tarefa difícil para os docentes assumir essa inversão pedagógica, também chamada de flipped learning, e isso pode significar uma alteração muito profunda.
Inversão pedagógica: "os alunos devem assistir em casa a vídeos com informações e conceitos e ir à escola para debater, resolver problemas, tirar dúvidas e trabalhar com projetos."

Vamos sempre em frente,!
Profª Elisete


Rsrsrsrsrsrsrsrs... Esse Calvin...

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Interpretação de texto - Comparação entre dois textos

Meu aluno,

este exercício é muito importante. Que tal encarar esta atividade?
Crônicas: Notícia de Jornal (Dele! Do Fernando Sabino.) e O triste sono sem mãe.

Na aula conversamos.
Profª Elisete


Notícia de Jornal (Fernando Sabino)
      Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, 30 anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome.
      Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
      Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
      O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.
      Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa - não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
      Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.
      E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.
      E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome.
EXERCÍCIOS   
01) Pela leitura, percebemos que o texto aborda um conflito humano. Que conflito é esse?

02) A personagem principal do texto é um homem. Esse homem, assim como a personagem principal do texto anterior, também representa outros homens que, como  ele, vivem uma mesma situação. Que situação é essa?

03) Levante hipóteses: a que classe social esse homem pertencia?

04) Observe: “Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa - não é um homem.” Pela leitura do trecho acima e levando-se em consideração todo o texto, levante hipóteses: o que seria um pária social?

05) Ainda sobre o trecho acima, podemos concluir que, implicitamente a essa afirmativa, existe:
a) uma forte dose de humor         b) um tom crítico e de denúncia                  c) um pouquinho de drama.

06) Na sua opinião, com que objetivo o autor repete a expressão “morreu de fome”?

07) Releia: “E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.” Qual é a crítica existente nessa afirmativa?

08) Podemos afirmar que:
a) o texto tem por objetivo levar à reflexão de modo crítico sobre um fato do cotidiano;                                                       
b) o autor quer conscientizar as pessoas sobre a importância de se ter a carteira de identidade, para não morrer como indigente.                                                                                                                      c) com algumas doses de humor, o texto leva a crítica social.   

CRÔNICA
Gênero entre jornalismo e literatura Alfredina Nery* Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou trata de temas da atualidade. Mas não é só isso.
Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular.
Intertextualidade

O triste sono sem mãe
       Na manhã fria de Ipanema, o menino dorme um sono profundo. Estaria sonhando? Enrolado numa manta, encolhido para proteger-se do frio, falta algo àquele menino sem nome no dia de festa. O Dia das Mães. Quem será a mãe do menino? Por que não estão juntos nesse dia, como tantos filhos e tantas mães, de todas as idades, que brincam na praia e fazem grandes filas em churrascarias, exibindo presentes? Como ele, centenas de meninos, milhares de meninos, em todo o Brasil, não tiveram a alegria de ver as mães em seu dia.
     Dorme o menino alheio a trabalhos de especialistas que registram aumento do consumo de cola de sapateiro entre os menores de rua nesses dias de festa. A droga-cola, que alivia, ajuda a fugir do triste dia-a-dia e acaba por matar.
     O que esperar desse menino que dorme? O que cobrar dele mais tarde? Provavelmente a sociedade lhe reserva repulsa e repressão e, se tiver sorte, chegará a ser um adulto. Que tipo de adulto? Inocente e indefeso, dorme o menino. Está só, todos passamos indiferentes por ele quando o vemos em sinais, vendendo doces, limpando vidros, pedindo esmola.
     Por que tem de ser assim? Que tipo de vida e de sociedade leva uma mãe a abandonar sua cria à própria sorte? Nem os animais fazem isso, mas as circunstâncias, muitas vezes, obrigam o ser humano a ser mais insensível do que os bichos. O que vamos fazer todos, a começar pelo governo das estatísticas sem alma? Esse menino não seria conseqüência de um modo de conduzir a sociedade? Não seria melhor que os políticos e governantes prestassem mais atenção nele e na legião de sem-mãe que assolam nossas ruas? E nós o que vamos fazer a respeito? Não seria a hora de, pelo menos no dia das mães, pensar um pouco a respeito disso?
     Dorme o menino, na frieza dura da pedra, e se pudesse sonhar, sonharia com o calor macio do regaço materno, com uma canção de ninar, cheia de carinho. Dorme o menino, dorme com frio...   
Autor: Fritz Utzeri – Jornal do Brasil, 1º caderno, 15/05/2000 


EXERCÍCIOS   
01) Como podemos perceber pela leitura, o texto trata de questões humanas como tema geral.  Qual tema específico o texto aborda?
02) O texto traz como personagem central um menino. Este menino representa uma centena de outros meninos que vivem na mesma situação do garoto do texto. Que situação é essa?
03) Releia: “Dorme o menino alheio a trabalhos de especialistas que registram aumento do consumo de cola de sapateiro entre os menores de rua nesses dias de festa. A droga-cola, que alivia, ajuda a fugir do triste dia a dia e acaba por matar.”.   
a) O que o autor quis dizer com a expressão “Dorme o menino alheio a trabalhos de especialistas que registram aumento do consumo de cola de sapateiro (...)”?
b) O que, segundo o autor,  a droga provoca nos meninos que a consomem?   
04) Veja: “(...) Provavelmente a sociedade lhe reserva repulsa e repressão e, se tiver sorte, chegará a ser um adulto.” a) pelo contexto, tente identificar o significado das palavras “repulsa” e “repressão”. (Prof.: se os alunos não conseguirem, pesquisar num dicionário)
b) Que sorte o menino precisará ter para chegar a ser um adulto?   
05) O autor faz esta pergunta no texto: “Que tipo de vida e de sociedade leva uma mãe a abandonar sua cria à própria sorte?”. Ele responde que “(...) as circunstâncias, muitas vezes, obrigam o ser humano a ser mais insensível do que os bichos”. Na sua opinião, que circunstâncias são essas?   
06) Observe: “O que vamos fazer todos, a começar pelo governo das estatísticas sem alma? Esse menino não seria consequência de um modo de conduzir a sociedade? Não seria melhor que os políticos e governantes prestassem mais atenção nele e na legião de sem-mãe que assolam nossas ruas? E nós o que vamos fazer a respeito? Não seria a hora de, pelo menos no dia das mães, pensar um pouco a respeito disso?”.     Com que objetivo o autor faz esses questionamentos?   
07) Após a leitura e compreensão do texto, responda:   
a) O que podemos dizer sobre a intenção comunicativa do texto? Com que objetivo ele é escrito?
b) Há nesse texto alguma crítica ou denúncia social? Que crítica seria essa?


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Preto e Branco, Fernando Sabino


Leia o texto.

PRETO E BRANCO”, de Fernando Sabino

Perdera emprego, chegara a passar fome, sem que ninguém soubesse: por constrangimento afastara-se da roda boêmia que antes costumava frequentar - escritores, jornalistas, um sambista de cor que vinha a ser seu mais velho companheiro de noitadas.
De repente, a salvação lhe apareceu na forma de um americano, que lhe oferecia emprego numa agência. Agarrou-se com unhas e dentes à oportunidade, vale dizer, ao americano, para garantir na sua nova função uma relativa estabilidade. 
E um belo dia vai seguindo com o chefe pela Rua México, já distraídos de seus passados tropeços, mas, tropeçando obstinadamente no inglês com quem se entendiam - quando vê do outro lado da rua um preto agitar a mão para ele. 
Era o sambista seu amigo.
Ocorreu-lhe desde logo que ao americano poderia parecer estranha tal amizade, e mais tarde: incompatível com a ética ianque a ser mantida nas funções que passara a exercer. Lembrou-se num átimo que o americano em geral tem uma coisa muito séria chamada preconceito racial e seu critério de julgamento da capacidade funcional dos subordinados talvez se deixasse influir por essa odiosa deformação. Por via das dúvidas, correspondeu ao cumprimento de seu amigo da maneira mais discreta que lhe foi possível, mas viu em pânico que ele atravessa a rua e vinha em sua direção, sorriso aberto e braços prontos para um abraço.
Pensou rapidamente em se esquivar - não dava tempo: o americano também se detivera, vendo o preto aproximar-se. Era seu amigo, velho companheiro, um bom sujeito, dos melhores mesmo que já conhecera – acaso jamais chegara sequer a se lembrar de que se tratava de um preto? Agora, com o gringo ali ao seu lado, todo branco e sardento, é que percebia pela primeira vez: não podia ser mais preto. Sendo assim, tivesse paciência: mais tarde lhe explicava tudo, haveria de compreender. Passar fome era muito bonito nos romances de Knut Hamsun, lidos depois do jantar, e sem credores à porta. Não teve mais dúvidas: virou a cara quando o outro se aproximou e fingiu que não o via, que não era com ele.
E não era mesmo com ele.

Porque antes de cumprimentá-lo, talvez ainda sem tê-lo visto, o sambista abriu os braços para acolher o americano - também seu amigo.



Responda as questões abaixo com respostas completas e claras:

1- Por que o personagem afastou-se dos amigos?  
2- Por que para o personagem, o americano poderia estranhar a amizade entre ele e o sambista? 
3- Qual a reação do personagem frente ao cumprimento do amigo? 
4- Por que o personagem entrou em pânico? 
5- Por que o personagem achou seu amigo mais preto? 
6-Você acredita que exista preconceito racial no Brasil?Já vivenciou alguma situação parecida? 
7- O desfecho da narrativa é inesperado. Se soubesse desse desfecho, o personagem teria tomado a atitude que tomou?
8-  Sem alterar o sentido da oração em que se encontra, a palavra “átimo” (l....) pode ser substituída, por
A) intuito. C) instante. B) instinto. D) intento



Produção de texto

A Declaração Universal dos Direitos Humanos proclama que "todos nascemos livres e iguais em direitos e dignidade e que sendo dotados de consciência e razão devemos agir de forma fraterna em relação aos outros." Por sua vez, consagrando os princípios de igu aldade, liberdade e fraternidade, a Constituição da República Federativa do Brasil assevera que “todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo -se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. No entanto, apesar de toda a legislação, o preconceito e a discriminação persistem e ferem, de forma aviltante e injusta, uma boa parcela da população. Dentre tantas formas de discriminação e preconceito, permanece ainda aquela de cunho étnico ou racial, ou seja, aquela baseada em características físicas ou supostamente herdadas. Há lugares no mundo em que o preconceito racial é escancarado sem nenhum pudor, em outros, como no caso do Brasil, ele é dissimulado, sutil, quase imperceptível, o que mascara as práticas discriminatórias e aponta para a ilusão da democracia racial. Considerando o texto de Fernando Sabino, (Texto 1), e as considerações acima, redija um texto opinativo a respeito do seguinte tema: O “jeitinho” brasileiro de disfarçar o preconceito racial.

Bom trabalho!
 Profª Elisete

Verbos modo indicativo e subjuntivo - Dicas

Aluno,

ler estes tutoriais para saber a diferença entre os modos do verbo: indicativo, subjuntivo e imperativo

http://www.blogdogramaticando.com/2011/05/verbos-conjugacao-modo-indicativo.html

http://www.escolakids.com/modos-verbais.htm


http://www.infoescola.com/portugues/modo-subjuntivo-3/

Se não tiver net, leia as Dicas de Português abaixo:

Dicas de português - Modo e Tempo Verbal

Modo e tempo verbal (Wikipédia - a enciclopédia livre)


Modo verbal é uma classificação dada a um verbo, que apresenta diferenças e diversas formas de um mesmo verbo. Verbos possuem um modo, tempo, pessoa e número.


Definição para os conceitos

ModoModo é a forma como o verbo é apresentado.
Indicativo - Indica certeza (ele conjuga).
Subjuntivo - Indica possibilidade ou incerteza (ele quer que eu conjugue).
Imperativo - Indica ordem e pedido (conjuga tu!).

Tempo


O tempo é usado para indicar quando ocorreu a ação a qual o verbo se refere.

Presente - Indica o fato no momento em que se fala (ele conjuga).
Pretérito imperfeito - Indica um passado inacabado (eu conjugava).
Pretérito perfeito - Indica um passado que é usado de todas as formas (eu conjuguei)
Pretérito mais-que-perfeito - Indica um fato passado em relação a outro (ele conjugara)
Futuro do presente - Indica um fato que irá acontecer no futuro (eu conjugarei)
Futuro do pretérito - Indica um futuro que ocorre no passado (ele conjugaria)-uma coisa que poderia ter acontecido.

Pessoa


Pessoa é a quem se refere o verbo. Eu e nós pertencem à primeiratu e vós à segunda ele/ela, eles/elas à terceira.

Eu - (eu consigo)
Tu - (tu consegues)
Ele/Ela - (ele consegue)
Nós - (nós conseguimos)
Vós - (vós conseguis)
Eles/Elas - (eles conseguem)

Número


Indica a quantidade de pessoas. Se são uma ou mais de uma.

Singular- Indica uma pessoa (eu estou).
Plural- Indica mais de uma pessoa (eles estão)

Modos verbais

As flexões de Modo determinam as diversas atitudes da pessoa que fala com relação ao fato enunciado. Assim:

- uma atitude que expressa certeza com relação ao fato que aconteceu, que acontece ou que acontecerá, é característica do Modo Indicativo. Exemplos:

- Ele trabalhou ontem.
- Ela está em casa.
- Nós iremos amanhã.
- uma atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese é característica do Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo). Exemplos:
- Se eu trabalhasse,…
- Quando eu partir,…
- uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo é característica do Modo Imperativo. Exemplo:
- Faça isto, agora!

Com relação ao Tempo, podemos expressar um fato basicamente de três maneiras diferentes:

- No presente: significa que o fato está acontecendo relativamente ao momento em que se fala;
- No pretérito: significa que o fato já aconteceu relativamente ao momento em que se fala;
- No futuro: significa que o fato ainda irá acontecer relativamente ao momento em que se fala.

Entretanto, as possibilidades de se localizar um processo no tempo podem ser ampliadas de acordo com as necessidades da pessoa que fala ou que relata um evento.
Neste contexto, a Língua Portuguesa oferece-nos as seguintes possibilidades para combinarmos Modos e Tempos:

Modo Indicativo

Expressa certeza absolutamente apresentando o fato de uma maneira real, certa, positiva.

Presente do Indicativo


Expressa o fato no momento em que se fala.

- O aluno lê um poema.
Posso afirmar que meus valores mudaram.
- Um aluno dorme.

Pretérito Imperfeito


Expressa o passado inacabado, um processo anterior ao momento em que se fala, mas que durou um tempo no passado, ou ainda, um fato habitual,diário. Por isto, chama-se este tempo verbal de pretérito imperfeito, pois não se refere a um conceito situado perfeitamente num contexto de passado.
Emprega-se o pretérito imperfeito do Indicativo para assinalar:

- um fato passado contínuo, permanente ou habitual, ou casual.
- Eles vendiam sempre fiado.
- "Uma noite, eu me lembro… ela dormia"Numa rede encostada molemente (Castro Alves, Adormecida).
- Ela vendia flores
- o Pedro é belmiro.
- "Glória usava no peito um broche com um medalhão de duas faces." (Raquel de Queirós, As Três Marias).
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo:
- Era uma vez,…
- um fato simultâneo em relação a outro no passado, indicando a simultaneidade de ambos os fatos:
- Eu lia quando ela chegou.
- "Nessa mesma noite, leu-lhe o artigo em que advertia o partido da conveniência de não ceder às perfídias do poder." (poema de Quincas Borba).
Pretérito Perfeito

Indica um fato já ocorrido, concluído. Daí o nome: Pretérito Perfeito; referindo-se a um fato que se situa perfeitamente no passado.

Emprega-se o Pretérito Perfeito do Indicativo para assinalar:

- um fato já ocorrido ou concluído:
- "Trocaram beijos ao luar tranquilo." (Augusto Gil, Luar de Janeiro)
- "Andei longe terras,
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras,Dos vis Aimorés." (Gonçalves Dias, I-Juca-Pirama).
- Posso afirmar que meus valores mudaram.
- "Apanhou o rifle, saiu ao meio da trilha e detonou."(Coelho Neto, Banzo).
- Na forma composta, é usado para indicar uma ação que se prolonga até ao momento presente; através da locução verbal, na qual se usa o particípio.
Tenho estudado todas as noites.
- "Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
- Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo." (Fernando Pessoa, Poema em Linha Reta - caio)

Pretérito Mais-Que-Perfeito

Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito para assinalar um fato passado em relação a outro também no passado (o passado do passado, algo que aconteceu antes de outro fato também passado).

O pretérito mais-que-perfeito aparece nas formas simples e composta, sendo que a primeira costuma aparecer em discursos mais formais e a segunda, na fala coloquial.

- Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito simples:- Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro que vendera.- "Levava comigo um retrato de Maria Cora; alcançara-o dela mesma… com uma pequena dedicatória cerimoniosa." (Machado de Assis, Relíquias de Casa)
- Morava.. no arraial de São Gonçalo da Ponte, cuja ponte o rio levara, deixando dela somente os pilares de alvenaria." (Gustavo Barroso, O Sertão e o Mundo)
- Te dou meu coração, quisera dar o mundo
- Exemplos de usos do pretérito mais que perfeito composto:- Quando eu cheguei, ela já tinha saído.
Tinha chovido muito naquela noite.

Futuro do presente composto

Este tempo só existe na forma composta. Assinala um fato posterior ao tempo atual, mas anterior a outro fato futuro.
Exemplo: "Até meus bisnetos nascerem, eu terei me aposentado"."Lucas será padre - diz sua mãe"


Futuro do Presente

Emprega-se o futuro do presente para assinalar uma ação que ocorrerá no futuro relativamente ao momento em que se fala.
- Se eleito, lutarei pelos menores carentes.
- "… era Vadinho, herói indiscutível, jamais outro virá tão íntimo das estrelas, dos dados e das prostitutas,… " (Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos)
- "A qual escolherei, se, neste estado,Eu não sei distinguir esta daquela?" (Alvarenga Peixoto, Jôninha e Nice).

Exemplos de futuro composto:

- Ele vai fazer (fará) compras e vai voltar (voltará) em breve.

Futuro do Pretérito / Condicional

Emprega-se o futuro do pretérito para assinalar:
- Um fato futuro em relação a outro no passado
- "Se eu morresse amanhã, viria ao menosFechar meus olhos minha triste irmã;Minha mãe de saudades morreria. (Álvares Azevedo, Se Eu Morresse Amanhã).
- "Ia levar homens para o quarto. Como era boa de cama, pagar-lhe-iammuito bem." (Clarice Lispector, A Via-Crúcis do Corpo)
- Uma ironia ou um pedido de cortesia:
Daria para fazer silêncio!
Poderia fazer o favor de sair!?


Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo)

Revela um fato duvidoso, incerto.

Presente

Emprega-se o presente do subjuntivo para assinalar:

- um fato presente, mas duvidoso ou incerto.
- Talvez eles façam tudo aquilo que nós pedimos.
- Talvez ele saiba sobre o que está falando.
- um fato futuro, mas duvidoso ou incerto
- Talvez eles venham amanhã.
- um desejo ou uma vontade
- Espero que eles façam o serviço corretamente.
- Se choro… bebe o meu pranto a areia ardente;talvez… p'ra que meu pranto, ó Deus clemente!Não descubras no chão… (Castro Alves, Vozes d'África)
- Espero que tragam-me o dinheiro

Pretérito Imperfeito

Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para assinalar:

- uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas posterior e dependente de outra ação passada.
- "Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…" (Coelho Neto, Sertão)
- "Como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar o café na chácara." (Aluísio Azevedo, Casa de Pensão)
- "Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
- "Estou hoje vencido, como se estivesse para morrer." (Fernando Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos)
- uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifica na realidade, que teria uma certa consequência; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro.
- Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado.
- Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar.
- Se ele viesse amanhã, poderia ajudar.

Futuro

Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluída em relação a um fato no futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação também futura.

- Quando eu voltar, saberei o que fazer.
- Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa.

Também pode indicar uma condição incerta, presente ou futura.

- Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará.


Seja um autodidata, estude e aprenda.

" Um professor pode levá-lo até a porta, mas quem tem que abri-la é você."

Profª Elisete

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Verbo Modo Subjuntivo


1. Complete as orações abaixo com os verbos indicados entre parênteses no modo subjuntivo.

a)Se eu  em tudo que você diz, estaria perdido. (acreditar)
b) Não tenho certeza, mas se nós  por esta rua, gastaremos menos tempo. (subir)
c) Pode ser que você  razão. (ter)
d) Não é que eu  me intrometer, mas você não tem agido bem nas últimas semanas.
(desejar)
e) Talvez a cor azul nos  sorte. (trazer)
f) Se  na melhora das pessoas, o mundo seria um lugar mais agradável de se viver.
(acreditar)
g) Quando você , vá ao banco para mim. (acordar)
h) É necessário que todos  solidários. (ser)
i) Se ela  a verdade, teria a consciência menos pesada. (falar)
j) Nós comeríamos a sobremesa, se ela  pronta a tempo. (ficar)
k) Talvez eu  para você dormir. (cantar)
l) Se eu  mais com o meu pai, ele me compreenderia melhor. (conversar)
m) Quando eu , trarei as encomendas. (voltar)
n) Se você  a casa, teria o dinheiro necessário. (vender)
o) Quando você  a casa, terá o dinheiro necessário. (vender)
p) Desejo que ele  as paredes novamente. (pintar)
2. Informe em que tempo do modo subjuntivo e pessoa encontram-se as formas verbais destacadas abaixo.

a) Se nós (repartíssemos) o bolo, todos comeriam. 
Tempo verbal  
Pessoa  

b) É possível que você a (encontre) depois da aula.
Tempo Verbal  
Pessoa  

c) Depois que vocês (terminarem)o exercício, farei a correção.
Tempo Verbal  
Pessoa  

d) Ele não permitiu que nós (olhássemos) pela janela.
Tempo Verbal  
Pessoa  

e) É improvável que o cão (fuja) novamente.
Tempo Verbal  
Pessoa  

3. Leia as frases abaixo, observando as formas verbais destacadas. Em seguida, relacione-as aos itens abaixo:

(1) Fato incerto no presente

(2) Fato hipotético que poderia ter acontecido no passado

(3) Fato que possivelmente ainda vai acontecer


 Se não existisse o petróleo, não beberíamos refrigerante em garrafinhas de plástico.

 Quando nos informarmos mais sobre a importância do petróleo, compreenderemos a sua influência no nosso dia-a-dia.

 É possível que algumas comunidades do planeta não precisem do petróleo.

Faça estes exercícios; na semana postarei o gabarito.
Vamos caprichar no estudo e na leitura de livros neste último trimestre.
Prof ª Elisete