Boa noite,
Trago para vocês mais um texto do articulista Ralph Schibelbein e outros autores.
Leia-os. Você terá muitos subsídios para emitir opiniões e até fazer perguntas ao escritor.
Ralph Schibelbein: APAC-uma ilha de
possibilidades
Professor, Mestre em Educação e Sistema
Carcerário 25/01/2017
Tragédias
com a população carcerária, longe de serem acidentes, apenas escancaram o caos
em que se encontra o sistema carcerário brasileiro. Um longo processo de
ineficiência, abandono e desrespeito aos direitos humanos. Nossas cadeias já
foram classificadas pela ONU como medievais. Não bastando esse recado, o país
aumentou o número de prisões em mais de 200% na última década. Estamos entre as
maiores populações prisionais do mundo. E a que mais cresce.
Prende-se
muito. Mas prende-se mal. A população carcerária é composta por um perfil
claramente definido. Sessenta e oito por cento não tem Ensino Fundamental
completo e 56% tem menos de 30 anos. Entre pobres e pretos da periferia, vemos
uma reprodução das desigualdades.
As
taxas de reincidência de 70% não surpreendem quem conhece as condições a que
são submetidos os presos. Longe das condições básicas para que o objetivo de
ressocialização seja atendido. Dessa forma, os detentos regressam para a
sociedade piores. Tendo que se filiar a facções dentro do presídio e manter
esse compromisso após a sua saída.
Nesse
mar de desesperança, eis que temos uma ilha de possibilidade. Não é a solução,
mas é uma estratégia de transformação. Vem mostrando ótimos resultados: Apac.
Reconhecida mundialmente, a proposta ainda é pouco conhecida no Brasil. O
método consiste numa alternativa ao falido modelo do país. Focando realmente no
processo de ressocialização a partir de educação, trabalho, cuidado e
voluntariado.
Apac possui índice de ressocialização
de 90%. Para tal, o modelo não utiliza policial, armas ou qualquer tipo de
violência. Os próprios recuperandos mantêm todo o processo de limpeza, cuidados
e alimentação. São obrigatórios o trabalho e o estudo, o que compõe uma rígida
rotina da manhã até a noite. Os apenados recebem ajuda dos voluntários que
contribuem com o modelo. Todo esse processo faz com que o custo do condenado
caia pela metade comparado ao sistema comum. Já há Apacs em várias cidades
brasileiras. A primeira do Estado será em Canoas.
Ranolfo Vieira Jr: o tripé da segurança
pública
Estamos
no caminho certo, diz ex-chefe de Polícia do Estado e atual secretário de
Segurança do município de Canoas
15/03/2018 - 18h14minAtualizada em 15/03/2018 -
18h15min
O Brasil vive um momento preocupante na área da
segurança, com elevados índices de criminalidade e medidas extremas dos
governos, sobretudo da União. O governo federal criou o Ministério Extraordinário
da Segurança Pública e realiza intervenção no Rio de Janeiro. O problema da
segurança pública é complexo e a solução passa por diversas ações coordenadas.
Em Canoas, nosso trabalho é baseado no que chamamos de "tripé da
segurança": integração, inteligência e investimento.
Em 2017, a Prefeitura de Canoas reuniu as forças de
segurança em 67 Operações Integradas. Guarda Municipal, Fiscalização de
Trânsito, Polícia Rodoviária Federal, Brigada Militar e Polícia Civil passaram
a trabalhar integradas, trocando informações e realizando abordagens conjuntas.
No início deste ano, entregamos 45 novas viaturas para as instituições e 67
armas de fogo para a Guarda Municipal. Reforçam esse trabalho os investimentos
que o município faz para o bom funcionamento das polícias, como o pagamento de
aluguéis de imóveis e de combustível para as viaturas.
Seguiremos trabalhando para garantir a segurança e
o bem-estar do cidadão
RANOLFO VIEIRA JR
SECRETÁRIO
DE SEGURANÇA DE CANOAS
Tivemos resultados muito satisfatórios já no primeiro
ano, com redução no furto e roubo de veículos e estabilização nos homicídios. O
crime de latrocínio tem sido evitado há 15 meses em Canoas. No primeiro
bimestre de 2018, tivemos "a redução da redução": as estatísticas são
ainda melhores. O índice de homicídios em janeiro e fevereiro de 2018 em Canoas
é 36% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. A queda no
roubo de carros foi de 46% e no furto, de 22%, segundo a Secretaria Estadual da
Segurança Pública.
Soma-se
ao trabalho desenvolvido segundo o tripé da segurança a preocupação com a
prevenção à violência, que começa nas escolas. Temos programas que combatem a
evasão escolar e que dão atenção às nossas crianças e jovens em situação de
vulnerabilidade. Estamos convictos de que estamos no caminho certo, mas sabemos
que ainda há muito o que fazer. Seguiremos trabalhando para garantir a
segurança e o bem-estar do cidadão.
Textos copiados no jornal Zero Hora.
Você decide
O escritor do texto já enviou um e-mail gentil, elogioso para o nosso trabalho. Para darmos retorno a ele você concorda em:
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Nos falamos na sala.
Abraço da profª Elisete